Transtorno de Processamento Sensorial e o autismo

Encontrar uma criança que reclama de tudo. Da luz, do som, do cheiro, da textura, do sabor, sons e cores o que você diria? Que a Criança é mimada? Precisa de limites?

Mas não é! Essa Criança pode ter TSP – Transtorno do Processamento Sensorial

Entendendo o Transtorno do Processamento Sensorial

O Transtorno do Processamento Sensorial é caracterizado por uma variedade de respostas atípicas a estímulos sensoriais. Algumas crianças são hiper sensíveis, reagindo de forma intensa e negativa a certos estímulos, enquanto outras podem ser hipossensíveis, mostrando pouco ou nenhum interesse em determinadas sensações.

No caso do autismo, essas dificuldades sensoriais muitas vezes se manifestam de maneira aumentada, impactando significativamente a vida diária da criança e sua capacidade de interagir com o ambiente.

Mas por que o TPS se apresenta mais em crianças com autismo?

O autismo é um transtorno que afeta o neurodesenvolvimento, influenciando a maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo ao seu redor. Dentro desse espectro, uma questão comum que muitas crianças enfrentam é o Transtorno do Processamento Sensorial (TPS). Esta condição desafia a capacidade do cérebro de processar informações sensoriais, tais como toque, som, visão e olfato, de forma eficiente e organizada.

| Para saber mais sobre o autismo e como ele funciona, leia esse artigo

Interseção entre Transtorno de Processamento Sensorial e Autismo

Os estudos sugerem que até 90% das crianças com autismo podem apresentar alterações sensoriais significativas.

As alterações sensoriais no autismo assumem diversas formas. Podem apresentar as mais comuns que já citei aqui, como ser avessos a certos tipos de toque ou texturas, enquanto outros podem ser excessivamente sensíveis a ruídos altos ou luzes brilhantes. Por outro lado, há também aqueles que buscam constantemente estimulação sensorial, como girar objetos ou balançar o corpo.

Impacto no Funcionamento Diário

As alterações sensoriais tem um impacto significativo no funcionamento diário de uma criança autista. Por exemplo, uma criança hipersensível ao toque pode resistir a atividades de higiene pessoal, como escovar os dentes ou cortar as unhas. Da mesma forma, uma criança hipossensível ao perigo auditivo pode não responder aos sinais de alerta, colocando-se em situações de risco.

Avaliação e Intervenção

Uma avaliação cuidadosa do processamento sensorial é essencial para identificar as necessidades individuais de uma criança autista. Isso pode envolver a utilização de questionários, observações clínicas e entrevistas com pais e cuidadores. Com base nessa avaliação, são implementadas diversas estratégias de intervenção.

Por isso o trabalho tem que ser em conjunto para promover um ambiente mais inclusivo e acolhedor. Entretanto, Não são todos os profissionais treinados para tratar o TPS.

Os terapeutas ocupacionais, por exemplo, são profissionais habilidados para elaborar um plano terapeutico para as crianças com TPS. Através de técnicas e abordagens para modificar o ambiente e promover a integração sensorial.

O Transtorno do Processamento Sensorial é uma questão significativa para muitas crianças autistas, afetando sua qualidade de vida e bem-estar. Por isso é importante o tratamento.

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Beatriz Bell – Terapeuta Ocupacional © Todos os Direitos Reservados 2023.

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