A síndrome de Down é uma condição genética que afeta cerca de 1 em cada 700 nascimentos em todo o mundo. É importante compreender essa condição para promover a inclusão e o respeito pela diversidade. Neste artigo, exploraremos detalhadamente a síndrome de Down, com tudo o que você precisa saber a respeito.
Como é a formação dos seres humanos
Antes de entender o que é a Síndrome de Down, precisamos entender como é a formação do ser humano.
Nós somos compostos por 46 cromossomos, desses, 23 vêm do óvulo da mãe e 23 vêm do espermatozoide do pai. Então na fecundação esses cromossomos se juntam e dão origem a uma célula de 46 cromossomos. Essa primeira célula é chamada “Zigoto”. Através da multiplicação celular essa primeira célula se desenvolve e forma todo o corpo.
É importante lembrarmos que os cromossomos carregam toda a informação genética vinda dos pais. Essa informação é repassada através dessa multiplicação celular.
Mas o que acontece na Síndrome de Down
As Pessoas com Síndrome de Down possuem um cromossomo a mais, o Cromossomo 21. O óvulo ou o espermatozoide apresentam 24 cromossomos ao invés de 23. Ou seja, as pessoas com a síndrome de Down apresentam 47 cromossomos e não 46, como é o caso das outras pessoas sem a síndrome.

E o que isso nos indica? Que a síndrome acontece na concepção da criança. É GENÉTICO, portanto não tem cura.
Então já colocamos por terra um grande mito: O Comportamento dos pais não causa a síndrome de down. Não adianta procurar um culpado ou pensar que se tivesse se cuidado melhor durante a gestação isso não teria ocorrido.
A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe. Atualmente no Brasil há 270 mil pessoas com a síndrome
Quais as características da síndrome?
Como eu disse anteriormente, os cromossomos são responsáveis por carregar toda a nossa informação genética, como: cor dos olhos, altura, cor dos cabelos e da pele, se sua sobrancelha vai ser mais fina ou mais marcada, como será o formato do seu nariz e orelhas, e até tendências a desenvolver doenças. Ou seja, tudo que define quem você é, está nas informações genéticas recebidas dos seus pais através dos cromossomos.
No caso da Síndrome de Down esse cromossomo a mais confere algumas características específicas aos indivíduos, por isso as pessoas com a síndrome possuem bastante semelhanças.
Essas características são: Rosto arredondado, olhos com linhas ascendentes, orelhas pequenas e baixa estatura, prega palmar única e são mais propensos ao desenvolvimento de algumas doenças, como é o caso de doenças do coração. Também apresentam atrasos no desenvolvimento.
Desenvolvimento e Estimulação da Criança com Síndrome de Down
É importante lembrar que a síndrome de Down não possui graus. O desenvolvimento dessas crianças está diretamente ligado ao estímulo que recebem nos seus primeiros anos de vida.
As crianças com a síndrome possuem a possibilidade e o potencial a ser desenvolvido assim como qualquer outra criança. Elas precisam, contudo, de mais tempo e estímulo da família e de especialistas para adquirir e aprimorar suas habilidades. Realizar, nos primeiros anos de vida, em especial de 0 a 3 anos, uma boa estimulação é essencial para que essa criança adquira capacidades essenciais para a vida, como desenvolvimento motor, comunicação e cognição.
Mas o que é “ESTIMULAR”?
Estimular é ensinar, motivar, aproveitar objetos e situações e transformando-os em conhecimento e aprendizagem. É levar a criança, através da brincadeira, a aprender sempre mais. Pode parecer complicado, mas não é: basta acreditar que o bebê vai aprender e ter vontade de ensinar. A ajuda de profissionais como fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais é fundamental nesta etapa, pois eles vão analisar em que áreas a criança pode estar passando por dificuldades para criar um programa de apoio.
A relação da Terapia Ocupacional com a Síndrome de Down
Como eu expliquei logo acima, as crianças com a síndrome de Down podem apresentar um atraso no desenvolvimento motor, na comunicação, cognição e algumas outras áreas. O terapeuta ocupacional atua em ajudar as crianças com a síndrome a desenvolver, recuperar ou manter habilidades que elas precisam para desempenhar as chamadas atividades da vida diária (ocupações do dia a dia), levando em conta as particularidades de cada criança e o ambiente em que ela vive. Essas habilidades podem incluir comer com colher, beber no copo, usar o banheiro e brincar com brinquedos apropriados para a sua idade, entre outras.
Atuando com a criança, nós TO’s, trabalhamos com os marcos do desenvolvimento dentro das áreas motoras, cognitivas, sensoriais e autocuidado. Nós ajudamos a criança com síndrome de Down a se relacionar com seu ambiente e se integrar à família e à sociedade de maneira funcional.
Além disso, as crianças com síndrome de Down, podem ter outras condições como comorbidade, como o Autismo por exemplo. Nós atuamos também trabalhando visando aprimorar as habilidades que envolvem essas características específicas de cada criança.
Se quiser saber mais a relação que a síndrome de Down tem com o Autismo, CLIQUE AQUI assista esse vídeo que expliquei a relação, as diferenças, como identificar e tratar.
A importância da participação da Família
O tempo que a criança passa em seu meio, com sua família, na escola, é muito maior que o tempo que ela passa em terapia. É necessário que a família contribua com o trabalho do terapeuta ocupacional estimulando a criança em casa, no ambiente que ela precisa se relacionar.
Fica muito evidente no decorrer das terapias que a criança que tem uma participação ativa da sua família, com estimulação em casa e nos seus ambientes de convivência, desenvolve melhor e as vezes mais rápido, considerando a sua situação e características específicas. Então fica aqui o meu apelo a você mãe: se envolva com as terapias do seu filho.
E se você quiser saber como estimular seu filho em casa, dicas e conhecimento a respeito do seu filho, me siga nas redes sociais.