A interação entre crianças autistas e o mundo digital traz desafios únicos, especialmente quando se trata do potencial vício em telas. Vamos explorar a fundo as complexidades neurológicas, oferecendo dicas práticas e estratégias detalhadas para pais e cuidadores, visando proteger o bem-estar das crianças no espectro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O que é autismo?
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta principamente a comunicação, a interação social e o comportamento.
O Autismo chamado de “espectro” porque engloba uma ampla variedade de manifestações clínicas, comportamentais e cognitivas. Cada indivíduo com autismo é único, apresentando uma combinação única de características e desafios.
Saiba mais sobre autismo aqui
Por que o Vício em Telas Afeta as Crianças Autistas de Forma Distinta?
O uso o uso excessivo das telas nessa era digital afeta a saúde física por problemas como a obesidade infantil, dor de cabeça, insônia, distúrbios precoces de visão e até mesmo posturais.
Como expliquei acima, o autismo já gera alguns transtornos no desenvolvimento, que se apresenta de maneira diferente em cada criança. Uma criança autista que tem vício em telas tem seu desenvolvimento prejudicado ainda mais

3 maneiras que o vício em telas afeta as crianças autistas
- Alterações Sensoriais: Crianças autistas frequentemente apresentam alterações sensoriais intensificadas. Telas, com sua luminosidade e estímulos auditivos, podem desencadear uma sobrecarga sensorial prejudicial.
- Efeito nas Funções Executivas: O vício em telas pode impactar as funções executivas, como o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva, áreas em que muitas crianças autistas já enfrentam desafios.
- Dificuldades na Compreensão Social Online: As nuances da comunicação online podem representar um desafio adicional, já que as crianças autistas podem ter dificuldade em interpretar corretamente pistas sociais virtuais.
Estratégias para eliminar o vício em telas
Como já vimos uma criança autista viciada nas telas pode se desregular mais facilmente devido os efeitos que o vício causa no cérebro da criança.
Por isso é importante utilizar algumas estratégias para diminuir e até eliminar o vício em telas
Como?
- Estabelecer Limites – definir horários de uso, com ínico e fim, no tempo recomendado pelos médicos. Como por exemplo crianças de 2 a 5 anos não é recomendado mais que 1 hora de exposição à telas por dia.
- Promover outras atividades – não adianta querer tirar as telas da criança e esperar que ela fique quieta, sentada, sem fazer nada. É preciso preencher o tempo da criança com outras atividades. De preferência que favoreça o neurodesenvolvimento.
Mas como conseguir estabelecer isso?
Com rotina! As crianças no geral e principalmente as com autismo PRECISAM de rotina, é algo essencial.
Nesse vídeo eu mostro como estabelecer uma rotina efetiva com seu filho autista
Ao compreender as complexidades neurológicas e adotar estratégias profundas, podemos criar um ambiente digital que respeite as necessidades únicas das crianças autistas e evite ou elimine o vício em telas. A busca por um equilíbrio digital consciente, combinada com um diálogo constante e o apoio de profissionais especializados, é fundamental para proteger o bem-estar físico e emocional das crianças no espectro do TEA.