A estimativa mundial de pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA) é considerada como uma em cada 100 crianças, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, estudos adicionais indicam incidências mais elevadas, alcançando um caso a cada 36 crianças.
O termo “autismo” foi introduzido por Eugen Bleuler em 1908, descrevendo comportamentos de seus pacientes, e em 1943, Leo Kanner associou o autismo a casos de inabilidade de relacionamento, denominando-o “distúrbios autísticos do contato afetivo”.
Mas, afinal, o que é autismo e quais são os sintomas do autismo?
O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos.
Ainda, de acordo com a OMS, esses transtornos são um grupo de condições caracterizadas por algum grau de dificuldade no desenvolvimento da fala, compreensão de comandos, na emissão de comandos, de interação com outras pessoas, sensibilidade alta em relação a barulhos, cheiros e gostos, interesses repetitivos em assuntos específicos e movimentos repetitivos.
Esses traços, geralmente, se manifestam de diferentes maneiras e em diferentes graus.
E o espectro? O que significa?
O termo “espectro” foi inserido ao nome do transtorno autista em 2013, por conta da diversidade de níveis de comprometimento apresentados. Cada indivíduo com autismo tem o seu próprio conjunto de manifestações, tornando-o único dentro do espectro.
E quais são as causas?
Os estudos apontam que a principal causa para o autismo é a genética, mas também pode ocorrer devido a situações ambientais e gestacionais.
Ele não é causado por vacinas. Inclusive, a ciência já provou que não há nenhuma correlação entre TEA e vacinas.
O que o autismo, não é?
O autismo não é uma doença, mas sim um transtorno que prejudica a organização de pensamentos e o desenvolvimento, afetando comportamentos.
Trata-se de uma condição neurológica que não tem cura. O que existe são tratamentos capazes de intervir nas dificuldades e proporcionar a melhora da qualidade de vida em sociedade.
Como o autismo é diagnosticado?
O diagnóstico deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar que, no caso de crianças, envolve médicos especialistas como pediatras, psiquiatras infantis, neuropediatras, e profissionais não médicos como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos e neuropsicólogos.
Em resumo, o autismo é uma condição que afeta o desenvolvimento social, comunicativo e comportamental da pessoa. Embora não haja cura, a compreensão e a conscientização podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de pessoas autistas e suas famílias.
O tratamento deve ser individualizado e estruturado de acordo com a necessidade de cada família.
E o meu objetivo, como terapeuta ocupacional, é que o impacto de dificuldades para famílias com pessoas autistas seja mais leve com o apoio de um profissional capacitado.
A minha prática é centrada na família; afinal, ninguém conhece a criança melhor do que os próprios pais. Por este motivo, acredito tanto no trabalho conjunto entre terapeuta e família.
Vamos juntos?
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