As doenças crônicas em mães de crianças autistas

A maternidade é como uma trilha repleta de desafios e recompensas e quando falamos de mães de crianças autistas, além das demandas diárias, muitas mães enfrentam o desenvolvimento de doenças crônicas. Este artigo explora a relação entre o desenvolvimento de doenças crônicas em mães de crianças autistas e examina os fatores que contribuem para essa interconexão complexa.

Mas o que são doenças crônicas?

As doenças crônicas são condições de saúde de longa duração que geralmente progridem lentamente ao longo do tempo e geralmente não têm cura completa. Elas podem persistir por meses ou anos e exigem tratamento contínuo para gerenciamento e controle dos sintomas.

Por qual motivo as doenças crônicas se desenvolvem?

Fatores genéticos: Alguns indivíduos têm predisposição genética para desenvolver certas doenças crônicas, o que significa que eles têm maior probabilidade de desenvolvê-las se houver histórico familiar.

Fatores ambientais: Exposição a poluentes ambientais, produtos químicos tóxicos, radiação e outras substâncias nocivas, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas.

Estilo de vida: Hábitos de vida pouco saudáveis, como dieta inadequada, falta de exercício físico, tabagismo e consumo excessivo de álcool, podem aumentar o risco de desenvolvimento de doenças crônicas.

Estresse Crônico: O estresse prolongado pode desencadear uma série de respostas fisiológicas no corpo que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão, doenças cardíacas e distúrbios autoimunes.

Idade: O envelhecimento é um fator de risco significativo para muitas doenças crônicas. À medida que as pessoas envelhecem, seus corpos podem se tornar mais suscetíveis a uma série de condições de saúde crônicas.

Condições de saúde subjacentes: Certas condições de saúde pré-existentes, como obesidade, diabete e hipertensão, podem aumentar o risco de desenvolvimento de outras doenças crônicas.

Outros Fatores de Risco: Outros fatores, como falta de acesso a cuidados médicos adequados, desigualdades socioeconômicas e falta de educação em saúde, também podem desempenhar um papel no desenvolvimento de doenças crônicas.

Por que nós Terapeutas Ocupacionais, também cuidamos das mães?

O estresse e as mães de crianças autistas

A maternidade de uma criança autista, certamente envolve adversidades emocionais e físicas. Muitas mães enfrentam uma variedade de desafios com as crianças, incluindo dificuldades de comunicação, comportamentos desafiadores, necessidades de cuidados intensivos e demandas de terapia contínua. A constante preocupação com o bem-estar e o desenvolvimento de seus filhos pode levar a altos níveis de estresse crônico.

O estresse crônico tem sido associado a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças crônicas em mães, como hipertensão, diabete, doenças cardíacas e distúrbios autoimunes. Quando o corpo está constantemente exposto a altos níveis de estresse, os sistemas fisiológicos podem se tornar desregulados, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças crônicas ao longo do tempo.

Os estereótipos e o isolamento social

Mães de crianças autistas muitas vezes enfrentam preconceitos e isolamento social. Esses preconceitos podem vir de membros da família, amigos, profissionais de saúde e até mesmo estranhos, contribuindo para sentimentos de inadequação e isolamento. A falta de apoio social e a sensação de estar constantemente lutando contra estigmas e estereótipos podem aumentar os níveis de estresse e ansiedade, aumentando assim o risco de problemas de saúde crônicos.

A sobrecarga da rotina

Assim como toda a família, muitas mães de crianças autistas também enfrentam uma sobrecarga de responsabilidades. Além de cuidar das necessidades básicas de seus filhos, elas muitas vezes são responsáveis por coordenar terapias, consultas médicas, reuniões escolares e lidar com os desafios emocionais que acompanham o autismo. Essa carga adicional de trabalho pode levar à exaustão física e emocional, aumentando o risco de problemas de saúde crônicos.

O autocuidado e o apoio social

Embora seja desafiador, é fundamental que as mães de crianças autistas considerem o autocuidado e busquem apoio social sempre que possível. Isso pode incluir fazer pausas regulares para descanso e recuperação, participar de grupos de apoio de pais, buscar aconselhamento ou terapia para lidar com o estresse e a ansiedade, e estabelecer redes de apoio com amigos e familiares.

A intervenção precoce e os recursos

Além de cuidar de sua própria saúde, é muito importante que as mães de crianças autistas tenham acesso a intervenções precoces e recursos adequados para apoiar o desenvolvimento de seus filhos. Quanto mais cedo uma criança autista receber intervenção e apoio, melhores serão suas perspectivas de longo prazo. Isso pode incluir terapias comportamentais, terapia ocupacional, fonoaudiologia, educação especializada e apoio à família.

Como manter uma vida equilibrada sendo mãe?

Mães também merecem ser cuidadas

A maternidade de uma criança autista pode ser uma trilha incrivelmente desafiadora, e muitas mães enfrentam um maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas devido ao estresse, preconceitos e estigma, isolamento social e sobrecarga de responsabilidades. No entanto, ao priorizar o autocuidado, buscar apoio social e ter acesso a recursos adequados, as mães podem reduzir o impacto negativo do estresse em sua saúde e bem-estar.

É fundamental que a sociedade como um todo reconheça e apoie as necessidades únicas das mães de crianças autistas, garantindo que elas tenham acesso aos recursos e ao apoio de que precisam.

Mamães, se cuidem e procurem cuidados.

A mulher além da mãe: como resgatar sua identidade depois de ter um filho

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Beatriz Bell – Terapeuta Ocupacional © Todos os Direitos Reservados 2023.

Beatriz Bell – Terapeuta Ocupacional © Todos os Direitos Reservados 2023.

Contato

Local

Desenvolvido por:

plugins premium WordPress